quarta-feira, 13 de abril de 2011

Na ALEPA, pizza tamanho gigante

O resultado divulgado pela Comissão de Sindicância da Assembléia Legislativa dando como culpada pelas irregularidades na Casa a ex-servidora comissionada Mônica Alexandra da Costa Pinto, surpreendeu a muita gente e a alguns parlamentares. Segundo a conclusão tirada pela Comissão, formada por três funcionários, Mônica agiu sozinha na falsificação de documentos que lhe possibilitaram conseguir três empréstimos num grande banco de Belém em valores que chegam a quase 500 mil reais.
Tirando sua culpabilidade, a Assembléia agora joga  toda a responsabilidade para Mônica e para o banco, que na verdade sabia que uma funcionária mesmo com o importante cargo que Mônica exercia, não poderia ter o cacife para emprestar tão elevada quantia.
Pizza da ALEPA. Grande, não?
A situação ganha uma conotação complicada, porque  nos contra cheques apresentados por Mônica Alexandra para conseguir os empréstimos nos valores de 235,432, duas vezes e mais um de 37,242, aparecem as assinaturas de dois funcionários da AL, que são Max Fortunato da Silva e Vera Lúcia Nascimento Coelho, que negaram a autenticidade das mesmas. Nos contracheques que Mônica apresentou para conseguir a "bolada" de quase 500 mil, seu salário oscilava entre 25 e 37 mil mensais, embora na verdade o salário da ex-funcionária fosse somente de 7 mil mensais.
Dando uma de Pôncio Pilatos, o presidente da ALEPA, Manoel Pioneiro (PSDB), lava as mãos sobre o assunto e diz que o caso está encerrado, embora alguns deputados  insistam que deve ser aberta uma CPI para apurar mais detalhadamente a situação, já que também existem indícios de transações erradas também dentro da própria Assembléia Legislativa, na  gestão passada, em que Mônica trabalhava e Juvenil era o Presidente.
Na verdade (ou na mentira, como queiram!) tudo transformou-se numa pizza gigante, pois o ex-presidente da ALEPA, deputado Domingos Juvenil (aquele em que remédios foram encontrados em seu escritório, lembram?) está praticamente livre de qualquer problema, como também os outros possíveis funcionários envolvidos, ficando a ex-funcionária Mônica  como a "laranja" do furo na AL e no banco.
Resta saber se a ex-funcionária -que ao ser acusada denunciou que na gestão de Juvenil na presidência da  ALEPA o negócio correu frouxo-, tem argumentos suficientes para envolver alguns  "ratos"  na sua bronca. 
Enquanto isso, a população clama para que os deputados comprometidos com  suas  responsabilidades, "puxem" uma CPI sobre os desmandos da ALEPA. Vale a pena!

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