sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Parabéns ao GB João Rito pelo seu aniversário

Os GBs João Rito e Francisco Pacheco com este escriba
Hoje, 30 de Janeiro, é o aniversário do GB João Ribeiro Rito Nunes. Seu Rito é um dos mais autênticos cruzmaltinos que conheço, e ao longo de sua vida tem uma grande folha de serviços prestados  -e bem prestados!- à nossa querida Tuna Luso Brasileira.
Há pelo menos 30 anos exercendo funções de destaque na diretoria, como vice presidente e em várias oportunidades como presidente do Clube, o GB João Rito sempre mostrou seriedade, honestidade e muita competência  no trato de qualquer que sejam os problemas na Tuna.
Tenho orgulho de Seu Rito ter sido meu vice presidente. Juntos tivemos grandes conquistas, sempre com apoio de Beneméritos, Grandes Beneméritos, associados e dos próprios torcedores.
Nunca esqueço que em nossa campanha, fomos visitar nosso grande amigo GB Francisco Moreira Pacheco, ex-presidente da Tuna, que na oportunidade fez questão de nos dar todo apoio, se comprometendo a trabalhar para eleger a chapa segundo suas próprias palavras "genuinamente cruzmaltina".
Certamente Seu Rito ficaria muita feliz se seu grande companheiro Francisco Pacheco se fizesse presente amanhã quando na companhia de amigos e familiares ele receberá felicitações e cantará os parabéns na Tuna.
Como não será possível, vamos fazer nossas preces para que Seu Pacheco se recupere logo e assim possa abraçar o grande amigo de tantas jornadas.
Enquanto isso, vamos amanhã dar o forte abraço no Seu Rito e desejar-lhe  muita saúde  e que Deus lhe conserve a grande e inteligente pessoa que ele é por muitos anos entre nós. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sem frescura com Pereio e Martinez

José Celso com Pereio. Sem frescura, um grande papo sobre teatro
Com tantas tolices que se ler diariamente nos jornais e no Faceboock; se ver nos fraquíssimos programas de televisão,de repente amanhecer o dia vendo  um papo inteligente e saudável entre o fantástico diretor teatral José Celso Martinez e o dublê de ator e apresentador Paulo César Pereio  obre teatro, cinema,  política, literatura e artes em geral é algo que faz nossa alma sorrir.
Hoje amanheci assim. Depois da caminhada ligo a TV no Canal Brasil e vejo, talvez em repetição, o "Sem Frescura", onde Pereio dá um show de conhecimento -agora com a voz bem melhor e mais audível- sobre Teatro, principalmente, política, censura e outros papos com José Celso.
Escandalosos, livre, leves e soltos, Pereio e Martinez falam da perseguição que sofreram da ditadura, De peças importantes que marcaram o teatro brasileiro como "O Rei da vela" e "Roda Viva", talvez as mais perseguidas e "tesouradas" pelos inimigos das artes; sobre os muitos incidentes que marcaram o período, atentados ao TBC, com os militares praticamente fechando os teatros, numa implacável perseguição por parte da censura, inclusive nos ensaios. Artistas vivendo escondidos, e quando eram liberadas as apresentações, os militares se travestiam de assistentes. As fugas de atores perseguidos para outros estados, história dos que conseguiam dar alguns dribles na censura, enfim, uma conversa coloquial entre os dois verdadeiros monstros sagrados de nossa cultura teatral.
José Celso, talvez o diretor de teatro no Brasil mais antigo em ação, além de, a meu ver, o mais preparado para realizar peças clássicas, continua emotivo, desenvolto e tratando a arte de representar como se fosse sua própria vida. 
A conversa entre José Celso e Paulo César Pereio chega a ser deslumbrante, principalmente pelo ponto de vista de que ambos foram protagonistas de grandes e importantes espetáculos no final dos anos 60 e 70, por isso detentores de um profundo conhecimento das dificuldades impostas pelas perseguições, transformadas em lutas e desafios não só deles, mas de todos aqueles que em turbulento período se dedicaam à ribalta. 
O programa é de mais ou menos uma hora, tempo suficiente para o telespectador  voltar no tempo em que se fazia arte musical e teatral, principalmente, com garra, dedicação e muito talento.
Parabéns ao Canal Brasil por apresentar programas com tanta qualidade. 
E o apresentador, Paulo César Pereio, continua escrachadamente muito bom. E o melhor:  Sem frescura!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ganhe um televisor por apenas 25 reais!

Em face dos gastos que estamos tendo no trabalho de acabamento dos dois banheiros que estamos concluindo até o final deste mês na Garagem náutica, além dos custos que teremos  já na primeira regata, como transferências de atletas, pagamento de barcos, estamos vendendo uma rifa de um televisor em LED, 32 polegadas, a correr pela Loteria Federal, em 28 de Fevereiro. 
São só 100 cartelas com dezenas de 01 a 00,  no valor unitário de 25 reais. O lucro não será grande, mas dará para pelo menos amenizar as despesas, já que estamos no momento praticamente no zero.
Quem desejar a cartela é só enrar em contato comigo, com o Mário Mangas e com o Gerardo.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Campeonato de Remo terá modificações

Campeonato de Regatas organizado pela Federação Paraense de Remo este ano terá cinco regatas. Os masters participarão de uma regata especial que acontecerá aos sábados anteriores às regatas propriamente ditas. A Tuna já garantiu sua presença.
Jovens atletas da Tuna e o técnico Lindão (Foto: Gerardo Monteiro)
Ficou acertado que a primeira regata acontecerá no dia 29 de Março, embora não esteja ainda definido se será no Ver o Rio ou na Estação das Docas. Outra novidade: em vez de 11, este ano as regatas terão 10 páreos.
O sistema de pontuação também será diferente. Voltará o antigo sistema de 4, 2 e 1, para primeiro, segundo e terceiro lugares. Todos os torcedores queriam este tipo de pontuaçãio e realmente é muito mais democrático. 
Quem vencer a regata de Masters entrará na regata de domingo com uma vitória, ou seja, quatro pontos. Vale lembrar que os quatro pontos dos Masters não contarão para o Campeonato, mas somente para a regata.
O Campeonato de remo contará ainda com outras mudanças que servirão para equilibrar a competição.  É a limitação de atletas de fora (outros estados e outros países) em apenas cinco por regata.
Hoje, Remo e Paysandu estão abusando de atletas "estrangeiros", numa clara disputa de vaidade econômica, pois os atletas que vêm de outros estados e outros países recebem uma quantia fixa em dinheiro, além de passagens e estadia.
Para se ter uma idéia, na última regata, o Paysandu trouxe 12 atletas de fora. Só argentinos foram quatro. O Remo queria trazer a mesma quantidade. Só não trouxe porque o Vasco da Gama não liberou, mas a grana estava garantida. Um absurdo para os amantes do esporte náutico.
Isso fez com que este escriba trabalhasse para que fosse limitado em apenas três atletas por regata. Ficou inclusive fechado com o Clube do Remo. Só que a fogueira de vaidades foi maior e infelizmente o clube azulino não cumpriu o combinado, fazendo com que fosse fixado em cinco o número de "estrangeiros". Os dois se uniram e ficou em cinco.
Mas o importante, é que pelo menos diminuiu o escândalo de atletas de fora.
Espero que os atletas paraenses passem a vislumbrar quem realmente lhes valoriza, quem torce e trabalha por eles. É inadmissível que atletas de fora venham remar aqui e afrontem nossos atletas "papa chibé".
Estão querendo fazer com o esporte náutico o que fazem com o futebol e fizeram há alguns anos com o Basquete.
A Tuna até ameaçou não participar, porque fica inviável formarmos uma equipe competitiva e os dois na hora H trazem atletas campeões nacionais e até internacionais para disputar uma competição amadora como é o caso do remo em nosso estado.
Mas vamos brigar.  Embora estejamos, infelizmente, em situação técnica inferior aos dois, porque não temos condições de bancar atletas de fora, que além de receber dinheiro têm passagens de avião e estadia custeadas, mas vamos em busca do título do ano ou pelo menos um segundo lugar. Garra não faltará aos atletas cruzmaltinos. Contra o dinheiro deles temos a nossa garra, o nosso talento e o nosso sangue cruzmaltino que corre forte nas nossas veias.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Filme sobre o "Sindico" Tim Maia surpreendeu

Uma das facetas que mais marcaram a carreira do cantor e compositor Tim Maia (Sebastião Rodrigues Maia) foi sua eterna briga com a Rede Globo. A Vênus tinha a mesma encrenca com Chico Buarque, mas acabou quando o autor de A Banda passou a apresentar o programa "Chico e Caetano".
Com Tim a coisa nunca chegou a um desfecho favorável ao artista, ficando o Síndico se lamentando até morrer, em 1998, após passar mal em um show.
No filme "Tim Maia", de Mauro Lima, baseado no livro biográfico de Nelson Motta, Tim Maia é retratado mais ou menos como foi na vida real. Pelo menos é isso que imaginam os que acompanharam a vida do fantástico cantor, compositor, músico, maestro sem batuta, irônico, debochado, criador de casos e até machista, mas também carinhoso, bom amigo, bom filho e eterno boêmio Tim Maia.
Menino pobre da Tijuca, Tim foi entregador de marmitas até a adolescência, trabalho que fazia para a ajudar a mãe. Se interessou por música como todo jovem de sua época, meado dos anos 50, conseguindo um violão e aprendendo a tocar praticamente só. Formou uma banda, "The Sputniks", onde tocava e cantava com amigos, dentre os quais o capixaba Roberto Carlos, que tinha vindo do Espirito Santo para morar com uma tia no Rio para vencer como cantor.
Mulato, pobre, gordo e sempre mal vestido, foi gozado pelo na época apresentador Carlos Imperial, sem dúvida o precursor do rock no Brasil, e responsável pelo lançamento de Tim Maia e do próprio Roberto Carlos na TV
Desgostoso com o sucesso demorado Tim foi, na marra, para os Estados Unidos, onde literalmente comeu o pão que diabo amassou. Se envolveu com gangues de rua, drogas e pequenos delitos, terminando por ser preso numa cidade dos EUA.
O filme mostra a volta de Tim ao Brasil já conhecendo o ritmo negro que aflorava com grandes nomes americanos como James Brown, o rei da Soul music. Com sua voz poderosa, arranhando já um inglês que aprendeu nas ruas, Tim procurou o "amigo" Roberto Carlos, no final dos anos 60, e foi praticamente humilhado pelo "rei", que o esnobou, inclusive chamando-o de Tião Marmita.
Babu e Robson mandaram bem como Tim Maia
O lado nada humano e até de caráter duvidoso de Roberto foi bem explorado pelo diretor Mauro Lima, embora quando o filme foi apresentado pela Globo, no início deste ano, a Vênus fez uma edição, caparam cenas, botando um Roberto presencial como bonzinho, para limpar a barra do "rei" perante os fãs. Ridículo o que a Globo fez, mais pior foi o papel a que se sujeitou Nelson Motta, autor do livro sobre Tim Maia, que  foi obrigado a"desdizer" o que apresentou na sua obra.
Mas Tim, embora tenha morrido com uma certa mágoa de Roberto,  teve, depois uma reaproximação com ele e Erasmo, fazendo inclusive canções de sucesso para o na época cantor de iê-iê-iê, ritmo dos mais pobres já surgidos no Brasil.
O filme é bom, comparado com as bobagens que fizeram sobre Cazuza e Renato Russo. A meu ver exploraram demais o lado negativo do artista, praticamente devassando o que muitos fãs não sabiam. Mas o fato é que Tim era mesmo um gênio indomável, chegando à irresponsabilidade de faltar shows, brigar com empresários, com colegas músicos, gerando prejuízos para os promotores e até para si próprio.
Gostei da atuação de Robson Nunes e Babu Santos, que fizeram Tim jovem e adulto. A fotografia também é boa, com cenas noturnas interessantes.
No geral, confesso que gostei do filme, embora a meu ver teve pequenos senões. Por exemplo: foram poucas as canções de Tim Maia.  Ele tem um rico repertório com muitas preciosidades. Chegou a gravar um disco só com Bossa Nova. Penso também que o diretor Mauro Lima poderia ter feito um final menos dramático, com uma pré-finalização antes da morte do artista carioca, mostrando que Tim Maia tentava voltar mais uma vez, estava com uma boa agenda de shows, portanto não numa situação de quase miséria como o filme mostra.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo: muita calma nessa hora!

O ataque criminoso ao divertido e também polêmico jornal de charges e cartuns Charlie Hebdo, em Paris, que culminou com 12 mortos, tem tudo para desencadear um massacre ainda maior, embora em doses menores, tanto em Paris como em outras capitais europeias.
Primeiro porque, embora não sejam todos os muçulmanos que são favoráveis ao atentado, pelo contrário, a grande maioria, inclusive de líderes islâmicos, tem uma posição crítica ao que houve ontem na capital francesa, mesmo assim hoje todos que moram em Paris que não são legitimamente franceses são vistos com olhos atravessados.
Assim, muçulmanos e imigrantes em geral que moram pelos bairros de Paris e pequenas cidades francesas, que inegavelmente sempre foram discriminados pelos mais conservadores, podem tentar desencadear uma revolta e com isso causar problemas bem maiores para os governantes da França.
Penso, embora torça para errar, que a tendência, pelo menos por ora, é que a onda de atentados não pare. Isso porque os que se sentem inferiorizados e por conta disso aprovam ações de grupos como o Al Qaeda, aproveitem para fazer um levante, seja contra repartições, órgãos de Imprensa, sinagogas, entidades judaicas, comércios, etc.
Recebo agora a confirmação que os dois irmãos que cometeram o atentado ao Charlie Hebdo foram mortos em confronto com a polícia.
Mas mesmo assim a ação da polícia francesa não deve parar por aí. Com apoio de órgãos de vários países, tem que haver uma continuidade para evitar problemas maiores, embora a meu ver sem abusar também do poder de força.
Na realidade são dois pesos e duas medidas, pois a questão dos imigrantes na França não é de hoje.
Embora nada -mas nada mesmo!- justifique o atentado hediondo que causou a morte de figuras lendárias do mundo do humor e da sátira da comunicação gráfica, o governo francês tem que agir politicamente "pisando em ovos", pois como todo conflito que tem como pano de fundo a discriminação, o racismo e o fanatismo religioso, é necessário muita calma e uma ação muito bem pensada para pelo menos amenizar toda a problemática.